27.11.08

GRAAU

// Manifesto

No sentido de atribuir uma identidade forte e facilmente apreensível, será necessário agrupar as iniciativas sob uma designação comum, que seja apelativa e iconográfica. A presente proposta foi formulada na óptica do seu valor em termos de mnemónica e de relacionamento com a iniciativa, tendo em vista o publico alvo, e as actividades propostas. Subdivide-se em 3 partes:



A GAU projecta-se como um espaço para a execução de iniciativas de Arte Urbana ao ar livre, seja por iniciativa própria ou de uma forma organizada, em colaboração com as entidades protocoladas.

A principal função deste espaço reside no facto de ser um elemento urbano destacado, espaço dedicado e simbólico da ponte entre autarquia e a comunidade de artistas urbanos, pelo que a intervenção no mesmo será revestida de valores totalmente distintos dos existentes quando as intervenções são desenvolvidas em paredes “anónimas”.
Deste modo, a GAU é essencialmente um espaço de destaque que pode servir autores e iniciativas dentro do contexto da confluência e concordância entre os autores de Arte Urbana, a autarquia e iniciativas de outras associações com propósitos conciliáveis.

Tendo em vista o objectivo da GAU se tornar um espaço onde se procura incentivar e concentrar a participação livre, será necessário tornar mais acessíveis as superfícies existentes ou aumentar o espaço disponível de forma a possibilitar um acesso mais equilibrado.
Será igualmente importante, e já numa primeira fase, a colocação de uma descrição em forma de legenda que sensibilize para o propósito e uso da GAU.

A dinamização da GAU fará sentido ser articulada com o Laboratório de Arte Urbana [ LAU ], (Rua do Norte 111), em termos de calendarização de iniciativas, debates, e partilhas de experiências, práticas e teóricas.



O LAU propõe-se como espaço de centralização do conhecimento relativo às práticas de Arte Urbana, tanto no domínio da sua delimitação como disciplina assim como repositório, local de consulta e encontro.
Na prática, o espaço interior procura celebrar a vibrante cultura urbana do espaço público do Bairro Alto, funcionando como uma extensão deste mesmo.
Através de uma calendarização de actividades (já articuladas em programa preliminar) pretende-se gerar uma dinâmica que a médio/longo prazo consiga estabelecer consensos entre os vários tipos de uso do Bairro Alto a titulo de caso de estudo.

Perspectivando-se assim uma metodologia de trabalho passível de ser aplicada em diversos territórios, quer no âmbito da interdisciplinaridade (relações estas cada vez mais emergentes; street art, design, arquitectura, urbanismo), quer em territórios físicos através do programa Fachadas de Arte Urbana [ FAU ], no qual propõe transportar do LAU as melhores práticas para o espaço público.



Esta é uma proposta que visa aproveitar a dinâmica, a experiência e o conhecimento acumulado no Laboratório de Arte Urbana [ LAU ], gerando uma mais-valia para variados espaços públicos em forma de intervenções pontuais nas fachadas de elementos urbanos devolutos ou em risco (edifícios, muros de suporte…).

O aproveitamento destas superfícies degradadas pertencentes ao património municipal poderá ser (com planeamento, rigor e organização) um processo extremamente vantajoso em termos da afirmação de Lisboa como cidade criativa.
No decurso da proposta de utilização do espaço laboratório [ LAU ] por ciclo de debates e ateliers de trabalho, seria de determinar um ou um conjunto de potenciais locais de aplicação prática de Arte Urbana, devidamente acompanhados e apoiados pelas entidades protocoladas.

Deste modo, o seu funcionamento seria coordenado com base na análise caso a caso da proposta de intervenção, encargos e calendarização, em sintonia tanto com a Galeria [ GAU ] como com o Laboratório [ LAU ].

GRAAU
GRAFISMO, REABILITAÇÃO e RENOVAÇÃO pela ARTE URBANA
(Graphic Rehabilitation and Renovation through Urban Art)

*info: Grrau

1 comentário:

Pedro Soares Neves disse...

afinal deste com isto, ab. u