24.9.08
Concurso de graffiti 24 horas
A Câmara Municipal de Faro promove com o apoio da loja Burn a segunda edição do "Concurso de graffiti 24 horas", a realizar no Museu Municipal da cidade, nos próximos dias 26 e 27 de Setembro.
O concurso tem início ás 19h de Sábado e termina ás 19h de Domingo e serão atribuídos prémios monetários de 150€ para o 1º lugar, 100€ para o segundo e 50€ para o terceiro.
O evento tem início marcado para as 18h de sábado com palestra de Sílvia Oliveira sobre "Graffiti: a palavra ou a imagem" e das 22h ás 2h decorrerão concertos com DJ G.I.Joe, Realpunch, Sagaespecto, Biex e DJ Lois.
*Info: www.cm-faro.pt
23.9.08
22.9.08
Hip Hop Pobreza Stop
A página do Correio da Manhã para as votações do concurso "Hip Hop Pobreza Stop" está já online. Após efectuarem o registo (simples e rápido) podem escolher os vossos favoritos para disputarem a grande final, não só na competição de graffiti como na de rap. Basta seguir o link: http://www.hiphoppobrezastop.correiomanha.xl.pt/
11.9.08
Wild Painting Party
// WPP_LX.
É um evento efémero que combina arte e música, através dos melhores artistas de arte urbano provenientes de Lisboa e Barcelona, pintando ao vivo no espaço interior da incrível LXFACTORY.
O público é convidado a ver e a viver, lado a lado, a intervenção de 10 artistas debruçados sobre a parede como se esta fosse uma tela gigante. Em simultâneo, Djs locais criam o melhor ambiente sonoro com misturas do scratch ao hip-hop, das mais experimentais às mais ecléticas. Espaços lounge e bebidas serão também colocados à disposição de cada um. Depois da WPP_LX, follow the flow: Dance&Party em uma das discotecas mais reconhecidas da capital
No dia seguinte(Sábado 13), o espaço Yron em colaboração com os Vaqueros de Barcelona inaugura a exposição colectiva onde os artistas participantes apresentam a sua obra desta vez num formato mais convencional. Pintura sobre tela, acompanhado de cava e dos olhares mais críticos sobre esta nova corrente artística contemporânea. A arte da “rua” também pode ser vista dentro da galeria, e é cada vez mais solicitada para tal.
O último convite fica para a visita de uma outra forma de exposição: desta vez uma galeria “aberta”: são vários muros livres ao longo da carismática rua de S. Bento, para a intervenção destes e outros artistas da cidade. Durante os dias 10 a 14 Setembro, facilmente se sentirá o cheiro do aerossol, cores novas que nascem debaixo do sol, um novo piscar de olhos bem no centro de Lisboa.
A arte urbana – graffiti, pós-graffiti, streetart, Old Scholl, tag, sticker, poster– é cada vez mais um sintoma urbano, uma reivindicação do espaço publico, um grito de liberdade pessoal, ou apenas a vontade de expressar uma qualidade artística. O artista urbano aparece incógnito, mistificado, e muitas vezes marginalizado e incompreendido. O conjunto de eventos que oferecemos à cidade programados nestes dias de Setembro é sobretudo uma forma de mostrar e formar gente de todas as idades o que é esta nova expressão artística tão polémica como atractiva.
// Onde e quando
WPP_LX (Wild Painting Party Lisboa)
Sexta-feira.12.09.2008 - 16h-23h
Local: LXFACTORY - Rua Rodrigues Faria 103 (Alcântara)
Transporte: Comboio eléctrico n º 15 (Praça da Figueira - Calvário)
*Info: http://www.wpplx.blogspot.com/
Grafitti: A arte das paredes lisboetas
Há quem diga que nasceu nas antigas urbes romanas, outros encontram no antigo Egipto a génese do graffiti. Mas desde a pré-história que os homens escrevem nas paredes. Nos anos 70 «ele» renasce nos Estados Unidos, em Nova Iorque. Renasce e evolui, criando uma cultura própria, associada a outras áreas como, por exemplo, a música.
Os primeiros desenhos, ainda na década de 60, tiveram conotações políticas e chegaram a servir para definir o território de gangs. No entanto, a evolução trouxe novos sentidos, novos desenhos, novas mensagens.
TOPCAT 126» é considerado um dos pais do graffiti em Nova Iorque e os seus primeiros trabalhos datam de 1969. Ao lado de «Julio 204» and «TAKI 183» lançaram a tinta. Como ignorar as carruagens e metros pintados de Nova Iorque nos primórdios do graffiti? Serviam para chegar mais longe e à maior quantidade possível de pessoas.
Renascido na «cultura de rua» o graffiti era uma de muitas expressões para quem vivia e comunicava na rua. Na maioria, comunidades pobres e excluídas socialmente. Hoje em dia, o fenómeno permanece exclusivamente urbano.
Ao contrário do que muitos pensam esta comunidade tem regras, que apesar de não estarem escritas são passadas entre gerações, e definem como e onde pintar. É consensual que há locais proibidos como, por exemplo, os monumentos ou outros desenhos.
O graffiti é praticado por «writers» (escritores) e cada um tem a sua própria «tag» (assinatura), que o distingue dos outros artistas. Todavia, também se agrupam em «crews» (equipas) para pintarem. Quando nasceu, o graffiti não era garffiti, os artistas perguntavam entre eles «let`s write something tonight?» (vamos escrever alguma coisa esta noite?). Mais tarde será o jornal New York Times a «inventar» a palavra graffiti que perdura até hoje.
Em Portugal, o «boom» do graffiti deu-se na década de 90. O mural das Amoreiras é, de certa forma, o símbolo do graffiti de Lisboa. Actualmente, encontramos várias formas de expressão dentro dos graffitis: tag¿s; throw up¿s; hall of fame; crews; stencil e stickers.
Ainda considerada uma prática ilegal, o graffiti começa finalmente a ser aceite em alguns locais pré-determinados. Mas é o lado ilegal que ainda atrai os mais jovens às paredes. Têm tempo livre, podem pintar à noite e se forem apanhados, as consequências legais não são muito complicadas para os menores de idade.
Há cada vez mais zonas na capital salpicadas de cor. Mas outras cidades nacionais juntam-se a Lisboa como, por exemplo, Caldas da Rainha, Porto ou Almada.
O fenómeno vivido à escala mundial já teve direito a vários livros dedicados exclusivamente ao graffiti. Os melhores desenhos de Nova Iorque, Londres, Barcelona ou Berlin estão espalhados nas melhores livrarias, o que de alguma forma lhes concede um estatuto de arte.
Mas a opinião não é unânime. E, até entre os apaixonados pelo graffiti, há quem reconheça que alguns só «sujam» paredes. Falta «arte» em muitos rabiscos, riscos e nomes.
*Fonte: Portugal Diário
Costah
Já online o novo site do Costah, em http://costah.weebly.com. Vale bem a pena a visita.
"Pintura como algo interventivo, activo, de espontaneadade diversa, de representação do nosso caminho, da nossa postura, dos pensamentos que sobrevoam-nos, de uma realidade de sonhos e de criações, de alegria,de sinceridade e de amor -AMO A VIDA -AMO A VIDA"
10.9.08
8.9.08
2.9.08
Visão Sete
// É PRECISO TER LATA...
Nem todo o graffiti é acusado e condenado por danos murais. Verdadeiras galerias a céu aberto, as ruas também ajudam a mostrar o trabalho de alguns artistas do spray. E procura não falta. O hobby virou negócio.
«Há dias, fui à esquadra por causa de um problema e, quando disse ao polícia que fazia graffiti ele quis saber mais coisas. Viu o meu portfolio e depois pediu-me um orçamento para lhe pintar uma parede de um quarto. Até ficou com o meu contacto para me ligar. Quando contei ao meu pai, que estava cá fora à minha espera, escangalhámo-nos os dois a rir». Aos 25 anos, Caos – é pelo tag, a assinatura que deixa nos trabalhos, que pretende ser tratado – não podia deixar de ver o lado cómico da situação. Afinal, depois de alguns anos a pintar em locais ilegais, e de algumas vezes ter ido até à esquadra para ser identificado, «é, no mínimo, curioso» verificar o interesse do agente da PSP pelo seu trabalho.
O alcance do episódio permite também perceber que, hoje, nem todos os graffiti são vistos de forma igual. Na maioria dos casos, a «responsabilidade» pela má fama cabe ao bombing, um tipo de graffiti normalmente pouco elaborados e que, em muitos dos casos não passam de tags, a assinatura dos autores. São esses que, quase sempre ilegalmente e feitos de forma rápida, povoam a maior parte das paredes e muros de edifícios públicos e privados, caixas de alta tensão, sinais de trânsito, contentores de lixo, cabines telefónicas e todo o tipo de mobiliário urbano.
Depois há os outros. Pinturas elaboradas saídas directamente da imaginação dos writers – é assim que os graffiters preferem ser chamados – ou tendo por base uma imagem real. São essas, espalhadas pelo Porto e arredores, em muros de velhas fábricas ou mesmo em propriedades particulares que atraem uma curiosidade e procura crescente.
| A cidade como montra
Pouco tempo depois de concluir o curso de Design de Comunicação na Escola Superior de Belas Artes, Caos instalou o seu atelier numa das salas do bar Maus Hábitos, na baixa portuense. É aí, frente ao computador portátil, que programa quase todo o trabalho, grande parte do qual, passa pelo graffiti. Lojas, bares, stands, restaurantes ou casas particulares são alguns dos principais clientes de um hobby que virou negócio. «Hoje», garante, «dou-me ao luxo de ter um portfolio quase todo feito à custa do graffiti. Sem estar preso a um horário rígido de uma qualquer empresa, não me falta trabalho e posso gabar-me de fazer aquilo que gosto que é ilustrar e desenhar. E além disso, enquanto técnica, o graffiti é excelente».
Tal como Caos, também Mr.Dheo - um tag que o próprio faz questão de esclarecer, «não tem nada de presunção. É apenas a forma como os amigos me tratam» - é movido pela paixão. Autor de trabalhos que designa como foto-realismo, Dheo atribui mesmo ao graffiti um invulgar lugar de destaque na sua cadeia de prioridades: «É a maior necessidade que tenho, depois de comer, dormir e estar com a minha namorada. Acho que isto dá uma ideia, não?».
Ao contrário de Caos, Dheo nunca pretendeu seguir Belas Artes por receio de formatar ideias. «Ia acabar por sentir influências e perderia a identidade própria. Eu não quero ter limites». Aos 22 anos, trabalha como designer gráfico na Club Magazine, um roteiro da noite portuense, em forma de revista, uma actividade que o fascina. Mas é na rua, junto à estação de Valadares (Gaia), em frente às telas de tijolo e cimento que se sente preenchido. Apesar de relativamente recôndita, a antiga fábrica de vinhos agora em ruínas foi chamariz suficiente para um convite de um vizinho para «fazer o que quisesse» do enorme muro que lhe ladeia a casa. É aí com uma precisão cirúrgica que dá forma, em spray, a rostos e expressões. O problema é o tempo. A página na internet e, principalmente, as inúmeras solicitações para workshops e trabalhos diversos, a exemplo de Caos, não lhe deixam margem para o divertimento puro.
Sobre os valores cobrados por cada trabalho, qualquer dos writers tem dificuldade em falar e, garantem, nem é por uma questão de segredo profissional ou por causa do fisco. É mesmo, garante Caos, «porque os orçamentos «são feitos caso a caso e em função do trabalho pedido».
São, de resto, as solicitações, sempre em crescendo, que preocupam a vida universitária de Sphiza. Num «mundo» dominado por rapazes, uma rapariga, ainda para mais com apenas 19 anos, já seria motivo de atracção. No caso de Sphiza, actualmente no segundo ano do curso de Pintura, em Belas Artes, junta-se a isso também a qualidade do trabalho de rua e o gosto por pintar expressões, «principalmente de pessoas conhecidas». A mancha, um jogo de cores que transmite uma ideia de tridimensionalidade, é a sua imagem de marca. Mesmo assim, Sphiza não se considera muito versátil. «Pinto há pouco tempo e tenho muito para aprender mas nesta altura ainda me sinto um pouco separada entre o pincel e a parede». De qualquer forma, garante, «o graffiti está na moda e é através dele que sou convidada para muitos eventos e conheço inúmeras pessoas. Só por isso já valia a pena mas ainda por cima me pagam. Nalguns casos eu já ficava satisfeita se me pagassem só as despesas».
Tal como Dheo e Caos, também ela não imagina a vida sem o graffiti. «Não é apenas o hobby de fim de semana, está a abrir-me muitas portas». A sorrir, Sphiza até já se vê, daqui a cinco anos, «instalada num atelier gigante, a fazer aquilo que mais gosto».
*Mário David Campos | VISÃO nº 738 | 27 Abr. 2007
1.9.08
Aos meios de comunicação social e restantes...
"O Movimento Acorda Lisboa fez um levantamento das "obras de arte" e destaca na poluição visual os GRAFITOS "que são verdadeiramente artísticos"."
"O GRAFITO de Santa Teresa d'Ávila é a expressão visual espontânea que inesperadamente irrompeu dos muros da cidade de Lisboa, em 1994(...)"
"A pensar no crescente número de apreciadores do GRAFITO, o proprietário de (...)"
"mistérios da caligrafia e introduz várias maneiras divertidas de criar alfabetos decorativos, incluindo letras do estilo GRAFITO (...)"
"(...) estranhos instantâneos da vida familiar, política e social, retratados à maravilha, por vezes, num – à primeira vista – insignificante GRAFITO (...)"
Chama-se GRAFFITI.